segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O QUE FAZER PARA SER LIVRE DO PECADO E SUAS CONSEQUÊNCIAS ETERNAS

O QUE FAZER PARA SER LIVRE DO PECADO E SUAS CONSEQUÊNCIAS ETERNAS

 

Leiamos no evangelho segundo escreveu Mateus, capítulo 8, versículos 1-3:

 

“E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão. E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.” (RC)

 

Mateus, também chamado Levi, foi um dos apóstolos do Senhor Jesus. O oitavo citado na lista dos doze conforme vemos neste mesmo evangelho, capítulo 10, versos 2 a 3. Vamos ver?:

 

“Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;  Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;  Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.” (RC)

 

Era um publicano, um cobrador de impostos para o governo romano, e, por isso, desprezado por muitos judeus. Entretanto, apesar disso, Jesus o chamou para fazer parte de Seu ministério, e quando os fariseus viram Jesus na casa de Mateus, comendo, e que ali estavam também com ele muitos outros publicanos e pecadores, fizeram como talvez nós também faríamos: questionaram aquela atitude; mas questionaram em tom de reprovação, sem o real interesse de entender. A resposta de Jesus foi: “não necessitam de médico os sãos, e sim os doentes” – “por que eu estou aqui ao invés de na casa de algum de vocês? É porque estes aqui sabem que são pecadores e se reconhecem como tais, enquanto vocês não”.

 

Pois bem, foi esse Mateus quem registrou essa pequenina história que temos diante de nós. Mas é uma história acerca de cura de lepra... O que podemos aprender com uma história como essa? Bem, podemos aprender muita coisa, como por exemplo:

 

Ø  Agradecer a Deus o fato de não sermos leprosos;

Ø  A ter compaixão das pessoas que tem enfermidades ou até outros problemas degradantes como a lepra, problemas que fazem as pessoas socialmente marginalizadas... ter compaixão e não simplesmente nos afastarmos delas;

Ø  Podemos aprender também que Jesus tem poder para curar o incurável (lepra era incurável)

 

Mas as lições nas quais quero refletir são outras e, creio que os irmãos sabem, ou pelo menos desconfiam disso.

 

Lepra na Bíblia é também um símbolo do pecado. Alguém (Mario Persona - www.3minutos .net/2010/07/209-lepra-e-pecado.html), fazendo uma associação entre lepra e pecado, escreveu com muita propriedade que a lepra era uma doença humanamente incurável e que, por isso, ela figurava essa terrível enfermidade espiritual – o pecado. E depois ele diz o que coloco abaixo de forma adaptada:

Ø  A lepra é a doença mais antiga mencionada – o pecado assola a humanidade desde o Éden;

Ø  A lepra é contagiosa – o pecado passou a todos os homens;

Ø  A lepra corrompe o corpo, compromete os nervos e tira a sensibilidade da pele, o que expõe o leproso ao risco de se mutilar sem perceber – o pecado corrompe o ser humano e o torna insensível à sua própria destruição. O pecado é como um anzol que fisga o homem e o arrasta para a inevitável morte, enquanto ele se debate para permanecer vivo. E não acaba aí. No livro de Hebreus diz que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo". Hb 9:27. Se a morte física determina o fim de toda esperança nesta vida, o juízo de Deus sela nosso destino eterno. Esta palavra, "juízo", não é no sentido de um julgamento para ver se o homem é ou não pecador, se merece ou não a condenação, pois pecadores culpados todos nós somos por natureza. No juízo, Deus irá lavrar a sentença eterna para aqueles que não tiveram seus pecados lavados pelo sangue de Jesus.

 

Nossa reflexão nesta noite, então, é sobre o pecado; mais precisamente sobre o que precisamos fazer se quisermos nos ver livres desse mal e de suas terríveis e eternas consequências para a nossa alma. E isso podemos aprender com essa história, obviamente associada ao ensinamento bíblico geral sobre a questão.

 

Então vamos lá; qual deve necessariamente ser a nossa primeira atitude? É a seguinte:

 

É necessário que nos reconheçamos pecadores

 

Há quem não se reconheça pecador, ou pelo menos tem o pensamento de que não é tão pecador assim principalmente quando se compara a outros pecadores.

 

Em Lucas 18:9-14 Jesus conta uma história justamente para chamar a atenção de alguns que confiavam em si mesmos crendo que eram justos em si mesmos e que por isso desprezavam os outros. Veja:

 

“E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.  O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.” (RC)

 

Quem desceu justificado? Quem se reconheceu pecador.

 

Outros exemplos possíveis:

 

Ø  A parábola do filho pródigo – O irmão do filho pródigo pensava que por nunca ter saído da casa do pai não era pecador, pelo menos não tão indigno quanto seu irmão;

Ø  A história de Zaqueu, o publicano (como Mateus) – Pessoas murmuravam porque Jesus entrara para ser hóspede de Zaqueu, um pecador. Acontece que justamente Zaqueu foi quem se reconheceu pecador e foi salvo por Jesus;

 

Então, a primeira atitude é que nos reconheçamos pecadores. Assim como aquele homem sobre o qual lemos no início sabia que ele era um leproso nós também precisamos saber e reconhecer que nós somos pecadores. E qual é a segunda atitude? É a seguinte:

 

É necessário que sejamos humildes de espírito e que reconheçamos nossa insuficiência para nos livrarmos dessa lepra que é o pecado.

 

O sermão da montanha Jesus o começa com as chamadas bem-aventuranças. E a primeira bem-aventurança é “bem-aventurados os pobres (ou humildes) de espírito, porque deles é o reino dos céus”.

 

“Pobres” ou “humildes” é tradução de “ptochos” que é uma palavra que indica alguém que foi reduzido a uma pobreza tal que depende da esmola de outras pessoas.

 

Pois bem, espiritualmente todos somos assim pobres, nada temos. SOMOS, independentemente de reconhecermos ou não.

 

O publicano que subiu ao templo para orar junto com o fariseu, anteriormente citado, reconheceu...

 

O filho pródigo reconheceu...

 

Paulo reconheceu:

 

“Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço.  E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.  De maneira que, agora, já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.  Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.  Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço.  Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.  Acho, então, esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.  Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.  Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?  Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado.” (Romanos 7:15-25 RC)

 

O leproso reconheceu sua insuficiência e foi falar com Jesus...

 

Nós precisamos reconhecer a nossa insuficiência, a nossa total, completa insuficiência. Essa é a segunda atitude. Mas ainda tem uma terceira, e depois dela quero terminar:

 

É necessário que busquemos ajuda, mas é preciso buscar na pessoa certa.

 

Quando Jesus desceu do monte ele não estava sozinho. Diz o texto que seguiu-o uma grande multidão. Mas qual foi o alvo do leproso? O alvo foi Jesus – a pessoa certa.

 

A pessoa certa se queremos ser livres do pecado e suas consequências eternas para nossa alma, é Jesus.

 

João Batista, o profeta maior que todos os profetas, segundo o próprio Jesus, quando começaram a pensar se não era ele o Cristo, disse enfaticamente que não era ele e que ele não era digno de sequer desatar as correias das sandálias do Cristo, que é Jesus. E depois disso, ao ver vindo Jesus, João Batista aponta para ele e diz ser ele o Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo.

 

Pedro, o apóstolo, tão querido por todos que até por muitos é considerado como tendo sido o primeiro Papa, disse e Lucas registrou em Atos 4.12, que não é no nome dele, nem no de André seu irmão, nem no de João Batista, nem no de Tiago, nem no de José, nem no de Maria e nem no de quem quer que seja que há salvação, a não ser no nome de Jesus. Ele não citou nomes, sabemos, nem esses e nem nenhum, mas se disse que em NENHUM outro há salvação porque NENHUM outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos, então todos os nomes estão implicitamente citados.

 

EU SOU o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vem ao Pai SENÃO POR MIM, disse Jesus.

 

Escrevendo aos Romanos, no verso 16 do capítulo 1, Paulo diz não se envergonhar do evangelho, porque O EVANGELHO é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. Agora veja em 1 Coríntios 15.1-8 o que Paulo diz ser esse evangelho:

 

“Também vos notifico, irmãos, o evangelho que vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis;  pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão.  Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,  e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,  e que foi visto por Cefas e depois pelos doze.  Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.  Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos  e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo.” (1 Coríntios 15:1-8 RC)

 

O Evangelho é Cristo crucificado, morto e sepultado mas ressuscitado ao terceiro dia para a nossa redenção. Cristo Jesus e não outro é a pessoa certa.

 

Concluindo

 

Abra sua bíblia em João 5. Nos versos 39 e 40 encontramos Jesus dizendo a algumas pessoas:

 

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam. E não quereis vir a mim para terdes vida”.

 

Em outras palavras, Jesus está dizendo: “Vejo que vocês estão examinando as Escrituras, e sei que a razão é que vocês creem que podem encontrar nelas a vida eterna. Tá certo! Mas percebam uma coisa: as Escrituras testificam de mim; sou eu o enviado de Deus para dar a vida eterna; mas vocês não querem vir a mim...”

 

E você que está aqui hoje, quer a vida eterna? Quer viver a eternidade com Deus e não longe dele? Então:

 

Ø  Reconheça que você é pecador;

Ø  Reconheça sua insuficiência para se livrar do pecado;

Ø  E busque a pessoa certa – Jesus.

 

Porque tem que ser assim? Porque assim Deus diz em Sua Palavra. Isso não é papo de pastor evangélico que quer você na igreja dele. NÃO! Isso é a verdade revelada nas Escrituras. E tudo isso demanda fé, crer em Deus e Sua Palavra, crer em Cristo.

 

Você crê? E se você crê, não gostaria de dar esses passos nesta noite?...

 

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Muqui, Setembro de 2016

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