quarta-feira, 12 de junho de 2013

Estudos no Sermão do Monte / parte 24 - Vivendo a Vida Reta–continuação

VIVENDO A VIDA RETA - Continuação

 

Estudos no Sermão do Monte – parte 24

Livro base para estes estudos: Estudos No Sermão do Monte, de Martyn Lloyd-Jones

 

01. O que vimos no estudo anterior?

a.    Vimos que agora chegamos a outra seção do Sermão do Monte, que compreende todo o capítulo 6, onde poderemos perceber dois lados da vida do crente neste mundo: a vida religiosa, isto é, coisas que dizem respeito diretamente ao relacionamento com o Senhor, retratada nos versos 1-18,  e, a partir do verso 19, a vida do crente em sua relação para com a vida em geral, como uma pessoa que preocupa-se com alimentação, vestuário, abrigo, etc.

b.    Vimos que, atentando bem para o que essa seção nos diz, trata-se de uma porção bem dolorosa e desconfortante para nós, e, podemos até dizer, promotora de auto-humilhação por nos fazer perceber o quão falhos somos em nossas motivações e até em nossa fé. Aliás, todas as vezes que fazemos um autoexame à luz das Escrituras e não à luz do comportamento de nossos “colegas de caminhada cristã”, percebemos o quão falho nós somos, e somos muitas vezes humilhados ao descobrirmos que pensávamos de nós mesmos como o fariseu de Lucas 18 pensava de si, mas que, na verdade, não somos melhores que um publicano. Mas o problema é que são raras as vezes que fazemos esta análise, se é que a fazemos alguma vez.

c.    Vimos que temos aqui princípios acompanhados de exemplos e que os princípios nãos se limitam aos exemplos citados.

d.    Vimos que a grande escolha da vida é sempre, em última instância, entre agradar a Deus e a nós mesmos.

e.    E vimos que o mais importante para nós nesta vida é nos conscientizarmos que temos um relacionamento com Deus. Antes de ser um relacionamento com a igreja é um relacionamento com Deus e que, portanto, devemos viver de forma que esse Deus seja honrado através de nossas vidas. Não adianta eu fazer qualquer coisa contrária aos princípios do evangelho estando longe da vista dos irmãos. Deus está ali, Deus vê.

02. E então chegamos, e paramos, na primeira ilustração apresentada por Jesus, a das esmolas que dermos.

03. Então vamos ler o texto agora:

 

“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.  Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,  para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:1-4 RC)

 

04. Primeiro pensemos em algo que está óbvio nesse texto. O que está óbvio?

a.    Está óbvio o que é certo e o que é errado quando vamos contribuir com alguém, ou, em se tratando de um princípio em que dar esmolas é apenas uma ilustração, o que é certo e o que é errado quando fazemos qualquer coisa, incluindo contribuir, seja com uma pessoa em particular ou com uma instituição / causa / igreja...

b.    E o que é errado?

                                  i.    É errado “trombetear”, isto é, chamar a atenção para nós mesmos, para sermos louvados / elogiados.

·         Você dá esmolas regularmente? Não queira e não busque ser louvado/elogiado por isso.

·         Você contribui regularmente para alguma instituição / causa / igrejá / missões / assistência social? Não queira e não busque ser louvado / elogiado por isso.

·         Você é um bom evangelista? Evangelize! E não tem como fazer isso escondido, mas não queira e não busque ser louvado / elogiado por isso.

·         Você tem, a nível pessoal, um ministério de madrugadas de oração? Que todos o tenham! Mas não queira e não busque ser louvado / elogiado por isso.

·         Você jejua? Ótimo! Continue! E que haja mais entre nós! Mas não queira e não busque ser louvado / elogiado por isso.

·         Você tem um talento que pode ser usado para a glória de Deus e para a edificação da igreja? Que Deus o livre de escondê-lo, mas não queira e não busque ser louvado / elogiado por isso.

c.    E o que é certo?

                                  i.    Certo é NÃO “trombetear”, isto é, NÃO chamar a atenção para nós mesmos a fim de sermos louvados / elogiados; certo é fazermos tudo com a intenção de que Deus, e somente Deus, seja glorificado.

05. Então, isto é o que está óbvio no texto – que “os outros” glorifiquem a Deus e não a nós.

06. Porém, há algo que não está tão óbvio, mas que também pode e deve fazer parte de nossas considerações e entendimento acerca deste assunto. O que é que não está tão óbvio?

a.    O que não está tão óbvio, mas que é igualmente verdadeiro, é que este “trombetear” em busca de glória não deve não ser feito não apenas para os outros como também para nós mesmos.

b.    Não devemos nos gloriar diante dos outros e nem mesmo diante de nós mesmos.

c.    Toda a vanglória, toda presunção deve ser extirpada de nosso coração. Em nosso coração deve haver lugar apenas para a glória de Deus.

d.    Trabalhemos, pois, para a glória de Deus e esqueçamo-nos de nós mesmos no que respeita a qualquer reconhecimento por qualquer coisa que tenhamos feito ou que viermos a fazer.

e.    Isso faz parte da vida reta que temos que viver diante de Deus.

 

Referência principal:

Estudos no Sermão do Monte – Martyn Loyd-Jones – Editora Fiel

 

 

Muqui – Maio de 2013

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