quinta-feira, 20 de maio de 2010

CONDIÇÃO, OPORTUNIDADE, OPOSIÇÃO E ATITUDE

CONDIÇÃO, OPORTUNIDADE, OPOSIÇÃO E ATITUDE

 

1.    Leiamos, a princípio, os seguintes textos bíblicos:

 

"... Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (2º. Coríntios 6:2 RC)

 

"... exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado" (Hebreus 3:13 RC)

 

"E aconteceu que, chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava. Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Então, Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. E logo viu e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus." (Lucas 18:35-43 RC)

 

2.    Olhando para estes textos, especialmente o do cego de Jericó, vamos pensar em 4 coisas:

a.    Em nossa condição diante de Deus, como pecadores;

b.    Na oportunidade que Jesus nos oferece de mudar essa condição;

c.    Nas oposições que sobrevém àquele que quer aproveitar a oportunidade e

d.    Na atitude diante de tais oposições.

3.    Vamos então à nossa primeira consideração:

 

I. Condição

 

1.    Cego e mendigo.

2.    Esta era a condição do homem sobre o qual acabamos de ler.

3.    Você pode se imaginar numa situação como esta?

4.    Este homem serve de figura da situação do homem sem Cristo, cuja condição espiritual é a de cego e mendigo.

a.    Cego – É cego porque seus olhos ainda não foram abertos para enxergar a sua situação a ponto de buscar a solução naquele que a tem – Jesus.

                                  i.    É interessante o que é dito da igreja de Laodicéia, em Apocalipse 3.17, diante da concepção errônea que ela fazia de si mesma. Àquela igreja, e isso se aplica ao homem em geral que não enxerga a sua real situação diante de Deus enquanto não se rende a Cristo, é dito, poderíamos dizer que de uma maneira verbalmente violenta, dada a gravidade da situação, que a sua real condição era de desgraça, miserabilidade, pobreza, cegueira e nudez – tudo isso, é certo, diante de Deus. Jesus aconselha aquela igreja a que Dele ela compre ouro provado no fogo para ser verdadeiramente rica, vestes brancas para fazer desaparecer a vergonha da nudez espiritual em que ela estava vivendo, e a ungir os olhos com colírio – um colírio divino, espiritual, vindo de Deus – para que ela pudesse de fato enxergar. Era uma igreja que estava vivendo uma situação de apostasia, afastamento de Deus, e não estava se dando conta disso. Assim também é o homem sem Cristo.

b.    Mendigo – É mendigo porque não tem nenhuma moeda que seja válida no céu, mesmo tendo muita que seja válida na terra.

                                  i.    A situação da igreja de Laodicéia é válida com exemplo também aqui. Aquela igreja se achava uma igreja rica e que de nada tinha falta, mas Jesus lhe revela a sua real situação diante dele: miserável e pobre.

5.    Amados, essa é, somos alertados pelas escrituras, a condição diante de Deus, do homem sem Cristo e, conseqüentemente, sem as bênçãos celestiais que só Cristo pode dar e oferece.

6.    Passemos à nossa segunda consideração:

                         

II. Oportunidade

 

1.    Pensemos agora na oportunidade que de repente aquele homem cego e mendigo percebeu estar passando diante dele.

2.    Era Jesus!

3.    Ele era cego, condição esta que o levou à condição de mendigo, e, ali bem diante dele estava passando aquele que por onde ia curava os enfermos de todas e quaisquer enfermidades, inclusive a cegueira.

4.    Ele não perdeu tempo! Começou a clamar: Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!

5.    Creio que qualquer um de nós que estivesse na mesma situação que ele também faria a mesma coisa.

6.    Há oportunidades que não podemos deixar passar de forma alguma, e esta era para ele uma destas oportunidades.

7.    Bom, em nossa reflexão temos considerado o fato de que a situação daquele homem serve de figura da situação, diante de Deus, do homem sem Cristo. A situação em que ele se encontrava é, espiritualmente, a nossa situação se estamos sem Cristo. Entretanto, a oportunidade que ele teve é também a mesma que temos tido várias vezes no decorrer de nossa existência. Sempre que lemos ou ouvimos o evangelho, Jesus está a passar diante de nós oferecendo-nos a oportunidade de clamarmos a ele e sermos livres de nossa situação de miséria, de cegueira e mendicância espiritual. Agora mesmo quando estamos a tecer estas considerações, Jesus está a passar, através de sua Palavra, e se nós clamarmos a ele, ele nos ouvirá.

8.    Aquele mendigo cego não perdeu a oportunidade.

a.    E você?

b.    Vai deixá-la passar?

c.    Até quando?

d.    Um dia poderá ser tarde demais.

e.    Os outros textos lidos inicialmente dão-nos conta que hoje é o tempo propício para clamarmos a Jesus.

9.    Diz-se que as últimas palavras escritas no diário de Walter Scott foram: "Amanhã nós deveremos...",[1] mas não houve amanhã para ele. Ele morreu com a intenção de realizar alguns objetivos, mas estes não foram alcançados por ele...

10. A terceira consideração dessa noite é:

 

III. Oposição

 

1.    Voltemos ao texto e vejamos que aquele cego, quando começa a clamar a Jesus, sofre alguma oposição.

2.    E o interessante é que a oposição veio da parte dos próprios discípulos de Jesus, e a intenção até era boa.

3.    Imagine você passando, com um grande grupo de pessoas em volta, certamente falando alguma coisa a essas pessoas, e alguém começa a gritar feito um louco...

4.    É algo pra nós pensarmos, no sentido de que às vezes nós mesmos podemos estar sendo o empecilho a impedir alguém de vir a Cristo...

5.    E também é algo para nós pensarmos no sentido de que quando clamarmos a Jesus a oposição virá. Sempre tem algo ou alguém se colocando entre nós e Jesus como empecilho.

6.    Isso nos leva à nossa última consideração:

 

IV. Atitude diante da oportunidade e oposição

 

1.    Qual foi a atitude do cego diante da oposição?

2.    Ele cedeu a ela?

3.    Ela constitui-se de fato em um empecilho eficaz entre ele e Jesus?

4.    Não!!!

5.    A oportunidade era singular, e o cego não a perdeu de forma algum.

6.    Começou a clamar cada vez mais alto, sem se importar com aqueles que queriam impedi-lo.

7.    A exemplo daquele cego não podemos deixar que nenhum empecilho seja eficaz em calar o nosso clamor.

8.    O que tem impedido você?

a.    Talvez seja uma pessoa,

b.    talvez seja algo de que você goste muito e sabe que terá que deixar por não ser condizente com a vida cristã...

9.    Deixa-me contar uma história pra você:

 

Um jaburu estava caçando caramujos à beira de um lago quando viu uma belíssima ave descer das alturas. "Quem é você?", perguntou o jaburu. "Sou um cisne", respondeu a ave. "E de onde você está vindo?" "Estou vindo do céu", disse o cisne. "E como é o céu?", perguntou o jaburu. Aí, o cisne fez uma majestosa descrição do céu com suas ruas de ouro e os seus rios de cristal. O jaburu ouviu e depois indagou: "E lá existem caramujos?" "Não", replicou o cisne. "Então não me interessa", disse o jaburu. "O de que eu gosto mesmo é dos caramujos".[2]

 

10. Acredito que essa seja uma boa história para exemplificar o que muitos têm feito em relação à oportunidade que Cristo lhes oferece. Têm deixado passar por causa de coisas tão menores, tão insignificantes, tão passageiras...

11. Espero que você hoje pense bem e aproveite a oportunidade que Jesus está a lhe dar...

 

Conclusão

           

1.    Quero terminar contando uma outra história:

 

O vendedor ambulante bate à porta da casa e vai dizendo: "Minha senhora, tenho aqui linhas, agulhas, alfinetes, presilhas, zíperes, grampos, pentes, escovas..." A senhora responde: "Não preciso de nada disso já tenho tudo!" Ao que ele diz: "Então, que tal comprar esse livro de orações pra agradecer a Deus por não lhe faltar nada!..."[3]

 

2.    É isso aí! Se você já aproveitou a oportunidade, já recebeu a bênção que Jesus oferece, então viva a expressar, em palavras e ações, a sua gratidão pela bênção tão maravilhosa e tão grande que ele lhe deu.

3.    Mas se você ainda não recebeu essa bênção... é bom que você não deixe passar a oportunidade; essa pode ser a última que você está tendo.

 

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves


[1] Informação extraída do e-book de sermões e ilustrações do Pr. Walter Pacheco

[2] Ilustração extraída do e-book de sermões e ilustrações do Pr. Walter Pacheco.

[3] Ibid.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

É já a última hora

  É JÁ A ÚLTIMA HORA   “Filhinhos, é já a última hora...” (1 João 2.18)   Ø   “Última hora”, que é isso? Ø   Última hora é uma man...