quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

EXEMPLOS DA IGREJA PRIMITIVA

EXEMPLOS DA IGREJA PRIMITIVA

 

(Tomo como base para este estudo, as lições nº 2 e 3 da revista Educação Cristã, vol. X, publicada pela SOCEP. Títulos das lições: "Significado do Pentecoste" e "Efeitos do Pentecoste na Vida da Igreja")

 

"De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." (Atos 2:41-47 RC)

 

1.    A Igreja Primitiva, ou a Igreja nos seus primeiros anos de vida, deixou muitos bons exemplos, os quais precisamos estar constantemente estudando e aplicando na Igreja atual.

2.    Só por estes versos que coloquei acima, podemos perceber que aquela era uma Igreja que aprendia, uma Igreja que amava, uma Igreja que adorava, e era uma Igreja evangelística.

3.    Vamos estudar um pouquinho sobre cada uma dessas características?

 

I. Uma Igreja Que Aprendia

 

"... perseveravam na doutrina dos apóstolos..." (Atos 2:42 RC)

 

1.    É óbvio que a "doutrina dos apóstolos" não era necessariamente dos apóstolos, mas ensinamentos alicerçados nas palavras de Jesus, de quem eles haviam aprendido pessoalmente, e também ensinamentos inspirados pelo Espírito Santo.

2.    Aqueles irmãos estavam preocupados em aprender, e, por isso, davam ouvidos à doutrina dos apóstolos, e nela perseveravam.

3.    Em outras passagens bíblicas também lemos de pessoas que estavam preocupadas em aprender, e aprender o que é certo, o que condiz com a verdade vinda de Deus.

4.    Em Atos 17, por exemplo, nos versículos 10-12, encontramos o testemunho de que, em Beréia, muitos não só ouviam e recebiam de bom grado a Palavra, como também examinavam cada dia nas Escrituras, conferindo se o que ouviam era de fato a verdade. E deles foi dito: "... eram mais nobres que os de Tessalônica...".

5.    Belíssimo exemplo para nós os crentes atuais.

6.    Penso que muitos de nós não estamos nem um pouco preocupados em aprender a Palavra de Deus.

7.    Veja um exemplo (que não posso dizer que é a situação de todas as igrejas - certamente que há exceções):

a.    Qual ou quais são os dias em sua igreja em que os cultos são mais direcionados ao estudo bíblico, sem muitos cânticos e outros números musicais?

b.    Quantas pessoas geralmente estão presentes nesses cultos?

c.    Agora, qual é o dia em que o culto tem muitas apresentações musicais, muitos cânticos, mas a mensagem não é diretamente para os crentes, e sim uma mensagem evangelística (ainda que o Espírito possa manifestar-se na vida dos crentes por ela)? Na minha igreja esse dia é o Domingo à noite. Quantos crentes estão geralmente presentes nesse culto? Geralmente o número não é bem maior que nos demais? Talvez na sua igreja não seja assim, mas na minha, e em muitas outras que conheço, sim. Além disso, é sabido que muitos crentes de hoje também não estudam a sua Bíblia em casa.

8.    Mas o aprendizado bíblico é muito precioso, e, por mais que saibamos, sempre é importante reforçar o que já sabemos, e também sempre há algo mais a aprender.

9.    Uma antiga fábula romana conta-nos sobre um jovem chamado Fortunato...

 

... Esse jovem possuía uma miraculosa algibeira onde ele levava uma moeda de ouro. E, apesar de ele gastar a moeda, sempre havia uma outra moeda todas as vezes que ele abria a bolsa. Sob alguns aspectos, a Bíblia é semelhante à algibeira de Fortunato. Sempre que nós a abrimos encontramos uma verdade preciosa, por mais que já a tenhamos aberto. A Bíblia é uma mina inesgotável que jamais será exaurida. (Manancial de Ilustrações, de Moysés Marinho de Oliveira, p. 41. JUERP)

 

10. Que possamos ser como a Igreja primitiva nesse aspecto!

11. Passemos à segunda característica:

 

II. Uma Igreja Que Amava

 

            "... perseveravam... e na comunhão..." (Atos 2:42 RC)

 

1.    Veja que eles perseveravam não apenas na doutrina dos apóstolos, mas na comunhão também.

2.    Comunhão é tradução de koinonia, que vem de koinós, que significa "comum".

3.    Essa palavra, aqui utilizada, e também em outros lugares, dá testemunho da vida comunitária da Igreja em dois sentidos:

a.    O que eles tinham em comum (o que eles compartilhavam, vindo de Deus)

                                  i.    E o que eles tinham em comum, vindo de Deus, era o próprio Deus. A comunhão era com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo: "o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo".(1 João 1:3 RC). E havia também a comunhão do Espírito Santo: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém! (2 Coríntios 13:14 RC)

                                ii.    Em Deus, por intermédio de Cristo na cruz, judeus ou gentios, pobres ou ricos, crentes em Jesus, passaram a comungar de uma mesma família, se tornaram irmãos.

                               iii.    Conta-se que

 

"depois da segunda guerra mundial, tornou-se muito difícil para as nações da Europa desvencilharem-se dos preconceitos que umas e outras tinham experimentado. Em uma Igreja Batista Internacional, na Suíça, um jovem crente dinamarquês, sentado reverentemente em um banco, estava procurando adorar a Deus com cristãos de outros países. No momento em que se achava lendo as Escrituras este jovem notou que um soldado alemão acabara de entrar na capela. O crente dinamarquês levantou-se imediatamente, e saiu sem poder ocultar o seu desgosto. Todavia, regressou minutos após, e continuou participando do culto de adoração. No momento oportuno, na mesma reunião, deu o seguinte testemunho: - "Ao deixar este santuário com o meu coração cheio de ódio, repentinamente pensei no amor de Deus manifestado na cruz, onde Cristo morreu por mim! Certamente ele não quer que este militar alemão, que cumpriu o seu dever, permaneça fora deste culto... este homem é meu irmão!" (Manancial de Ilustrações, de Moysés Marinho de Oliveira, p. 41. JUERP)

 

b.    O que eles partilhavam uns com os outros

                                  i.    Era isso que revelava o amor fraternal que tinham uns para com os outros.

                                ii.    Eles não amavam só de palavras, mas por obra, por ação.

                               iii.    Veja no v. 45 que eles partilhavam suas próprias propriedades à medida que alguém tinha necessidade.

                               iv.    Isso, da maneira como foi feita, foi algo incomum e que não durou muito tempo, mas naqueles dias

 

"é provável que isso tivesse se tornado necessário por causa das severas perseguições contra os cristãos judeus, o que os reduziu a grande estado de penúria, exigindo que os crentes distribuíssem seus bens uns com os outros, a fim de que pudessem sobreviver". (Informação extraída de O N. T. Int. Vers. por Vers., volume 3, de R. N. Champlin, editora Candeia)

 

                                v.    "Quando precisou eles o fizeram, impulsionados pelo amor. Quando não precisou mais, eles pararam de fazer, mas o amor já estava provado naquele ato".

                               vi.    Mais tarde vemos diversas vezes eles se ajudando mutuamente, levantando ofertas para esse fim, cuidando dos órfãos e das viúvas, etc. João , em sua primeira epístola, diz: "Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?  Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1 João 3:17-18 RA)

 

4.    Aquela Igreja amava de verdade, sendo capaz de se despir para vestir os outros, os que tinham necessidade.

5.    Precisamos pensar muito neste exemplo.

6.    Outra característica, a terceira:

 

III. Uma Igreja Que Adorava

 

            "... perseveravam... no partir do pão e nas orações" (Atos 2:42 RC)

 

1.    Estavam juntos adorando a Deus, celebrando a ceia e realizando cultos de orações.

2.    Isso provavelmente era feito todas as noites, sendo que, de uma maneira mais formal, embora simples, a ceia como ordenança, era realizada uma vez por semana, no primeiro dia.

3.    Veja o v. 46: "E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração" (Atos 2:46 RC).

4.    Não é incrível?

5.    Não é um exemplo para nós hoje, que já achamos muito dois ou três dias por semana?

6.    Vamos a outra característica:

 

IV. Uma Igreja Evangelística

 

1.    Até aqui vimos os aspectos internos na vida da Igreja, e vimos que eles eram perseverantes nestas áreas. Mas é importante que a Igreja se movimente também em direção ao mundo, num movimento de evangelização.

2.    Charles H. Spurgeon já dizia:

 

"Preferiria ser o instrumento para salvar uma alma da morte a ser proclamado como o melhor pregador da Terra. Sim,  sentiria um júbilo bem mais intenso em trazer uma pobre mulher aos pés de Cristo do que ser designado Arcebispo de Canterbury. Ganhar uma alma que ia diretamente para o inferno é um triunfo mais glorioso do que ser coroado príncipe na arena das controvérsias religiosas. Oh, que alegria ao se voar para os céus, encontrar lá uma multidão de convertidos, e, ao entrar na glória, poder dizer: "Aqui estou, Pai, com os filhos que me deste!"(Extraído de Manancial de Ilustrações, de Moysés M. de Oliveira – JUERP)

 

3.    Aquela Igreja era uma Igreja que ganhava almas, uma Igreja evangelística. É só lermos a parte b do v. 47 para chegarmos a essa conclusão: "E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." (Atos 2:47 RC)

4.    Mas notem que:

a.    Era o Senhor quem acrescentava à igreja. Porém, sem dúvida, ele o fazia através da pregação dos apóstolos e do testemunho dos membros da Igreja, do amor impressionante na vida comunitária deles e do exemplo de todos, pois estavam louvando a Deus e contando com a simpatia de todos.

b.    O Senhor acrescentava pessoas dia a dia. Isso mostra que a evangelização não era algo ocasional na vida da Igreja Primitiva, mas algo diário.

 

"O culto deles era diário, e assim também o testemunho. O louvor e a proclamação eram o transbordamento natural de corações cheios do Espírito Santo. Eles buscavam pessoas de fora continuamente, e então os convertidos eram acrescentados continuamente"(John R. W. Stott, em "Efeito do Pentecoste na Vida da Igreja", publicado na revista Educação Cristã, Vol. X – SOCEP)

 

5.    Este é outro grande exemplo daquela Igreja que devemos seguir.

6.    Precisamos nos esforçar para sermos uma Igreja evangelística, que colha diariamente os seus frutos.

 

Conclusão

 

1.    Desejo de aprender,

2.    Koinonia (comunhão) motivada pelo amor,

3.    Adoração e

4.    Evangelização.

5.    Estas são marcas de uma Igreja neotestamentária, uma Igreja cheia do Espírito Santo.

6.    A Igreja Primitiva dá-nos esses exemplos.

7.    Que possamos aprender como seguí-los, e seguí-los fielmente.


 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PARTICIPAR DA CEIA NOS FAZ LEMBRAR - Áudio

CELEBRAR A CEIA DO SENOR NOS FAZ LEMBRAR from Walmir Vigo Gonçalves on Vimeo.

PARTICIPAR DA CEIA NOS FAZ LEMBRAR

PARTICIPAR DA CEIA NOS FAZ LEMBRAR

 

Texto bíblico: 1 Coríntios 11.17-34

 

1.    Da última vez que refletimos juntos sobre a Ceia do Senhor, uma das coisas que vimos é que a Ceia é um memorial, e que um memorial é um marco, uma cerimônia, um escrito ou outra coisa qualquer que vise servir como lembrança de algo. A Ceia do Senhor é o nosso memorial, um memorial de Jesus em todos os eventos de sua vida, especialmente de sua morte, incluindo-se a razão da mesma.

2.    Hoje veremos que participar da Ceia do Senhor, além do principal, que é o Senhor Jesus, sua morte e a razão da mesma, nos faz lembrar de algumas coisas mais.

3.    Vejamos:

 

I. Participar da ceia nos faz lembrar que temos um Senhor.

1.    Jesus é o nosso Senhor e, como na celebração da Ceia nos recordamos de Jesus, certamente que nos recordamos disso também e não apenas de seu amor, sofrimento, morte e ressurreição.

2.    Dezenas de textos do Novo Testamento poderiam ser citados para demonstrar essa verdade de que Jesus Cristo é o nosso Senhor, mas um só nos basta: Filipenses 2.11. Vejamos a partir do verso 4:

 

"Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." (Filipenses 2:4-11 RC)

 

3.    O termo Senhor neste texto é kuriov (kurios) e significa "aquele a quem uma pessoa ou coisa pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão" (BO 3.0 – SBB)

4.    Participar da Ceia do Senhor, portanto, deve nos fazer recordar que não somos de nós mesmos, somos de Jesus, e se dele somos a ele pertence e deve ser concedido o poder de decisão sobre as nossas questões.

 

II. Participar da ceia nos faz lembrar que somos iguais

1.    Na igreja há homens e há mulheres; há negros e há brancos; há judeus e há gentios; há ricos e há pobres; há intelectuais e há aqueles que têm formação mínima ou até mesmo nenhuma...

2.    O que NÃO HÁ, ou NÃO PODE HAVER, é diferenças. Todos somos iguais, todos somos um em Cristo.

3.    Paulo, escrevendo aos Colossenses, diz acerca de nós que já recebemos a Cristo pela fé, que nós já nos vestimos do novo homem...

 

... que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos." (Colossenses 3:10-11 RC)

 

4.    Escrevendo aos Gálatas ele diz:

 

"... todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." (Gálatas 3:26-28 RC)

 

5.    Em 1 Coríntios 10.17 Paulo diz que ... nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão.

6.    Não há diferença! Em Cristo somos todos iguais! A Ceia do Senhor nos faz lembrar disto.

 

III. Participar da ceia nos faz lembrar que temos um compromisso

1.    O mínimo que podemos dizer acerca disso é que:

a.    Temos um compromisso com Cristo porque fazemos parte de seu corpo.

b.    Temos um compromisso com o mundo, o compromisso de anunciar a ele, ao mundo, que Cristo é o Pão da Vida.

 

IV. Participar da ceia nos faz lembrar da inutilidade de nossa utilidade

1.    O mundo está repleto de "gente boa".

2.    Eu sou "relativamente bom".

3.    Mas tem gente muito, muito, muito... melhor que eu.

4.    Veja esta história:

 

CAVANDO POÇOS  DO AMOR

 

Uma simples criança sentiu a sede de meio milhão de africanos.

RYAN nasceu no Canadá em maio de 1991. Hoje ele tem 19 anos idade. Na escola, em 1997, quando ele tinha apenas 6 (seis) anos, sua professora disse como as crianças vivem na África, sofrendo e sem água suficiente para beber. RYAN, ainda um pequeno menino, ficou profundamente comovido ao saber que algumas até morriam de sede.

"As coisas eram muito difíceis na África", disse a professora. Eles cavavam, cavavam e não encontravam água. Eram poucos os poços de água e alguns africanos tinham que andar, horas e horas para buscar um pouco d"água e trazer nas costas para beber e dar para os filhos beberem.

RYAN ficou pensando em sua vida no Canadá e sua comodidade pois quando tinha sede, o que tinha que fazer era dar apenas alguns passos e tomar água a vontade e água filtrada e tratada.

Aquilo inquietou o coraçãozinho de RYAN e ele perguntou quanto custaria para dar água às crianças. A professora pensou um pouco e lembrou de uma organização chamada Watercan que tinha como objetivo abrir poços e provisionar água para aquela população tão carente. A professora falou que a Watercan anunciara que um poço teria um custo de cerca de 70 (setenta dólares) o que equivale a mais ou menos R$ 100,00 (cem reais) no Brasil.  Quando chegou em casa RYAN foi direto falar com sua mãe, Susan, e disse que precisava de 70 dólares para dar água para seus coleguinhas da África. Susan ficou surpresa e lhe disse que ele já tinha a sua mesada mas se ele quisesse trabalhar e fazer alguns serviços extras ele poderia ter os 70 dólares que estava pedindo para crianças africanas. Susan estava muito cética a princípio mas se rendeu diante da determinação e do amor que brotava no coração de RYAN.

            O menino então trabalhou intensamente e fez tudo o que lhe mandaram e conseguiu os 70 dólares que tanto queria. Abriu mão de sua festinha e de sua mesada. Ele estava feliz e seus olhinhos brilhavam. Com os dólares na mão, RYAN pediu para sua mãe o levar à sede da WATERCAN pois ele mesmo queria comprar o poço de água para as crianças da África. Mas quando chegou na sede da organização ele soube que o custo para perfurar, colocar as bombas, fazer a instalação elétrica, instalar a Caixa d"água, encanamentos, copos e vasilhas adequadas, limpas e distribuição da água para um grupo de famílias carentes não era 70 dólares e sim 2.000. (dois mil dólares)

Susan explicou ao funcionário da Watercan e ao seu filho RYAN que não tinha condições financeiras para isso e não poderia dar 2.000 dólares para fazer estes poços. RYAN ficou entristecido e muito pensativo. RYAN tinha seus olhos cheios de lágrimas e  prometeu ao homem que Deus iria lhe ajudar e ele iria fazer tudo o que pudesse para que aquelas crianças da África pudessem ter um poço com água. Ele não desistiu.

RYAN fez folhetos, desenhos, cartinhas e saiu divulgando entre seus vizinhos, seus amiguinhos da escola, e foi sendo impulsionado pelo amor de Deus e amor àquelas crianças. Ele falava com determinação e alegria e seus olhos brilhavam quando pedia ajuda. Ele conseguiu unir toda a sua comunidade em favor dos Poços do Amor.

Contagiados pelo seu entusiasmo e seu trabalho intenso,  seus irmãos, vizinhos e amigos conseguiram arrecadar 2.000 dólares. As pessoas fizeram bazares, alguns venderam objetos que não mais usavam e conseguiram o dinheiro tão sonhado por RYAN.

RYAN entrou triunfante na Watercan para comprar o seu PRESENTE: Um Poço do Amor, um poço de água para aquelas crianças. Em janeiro de 1999, foi perfurado O POÇO DO AMOR DE RYAN em uma aldeia no norte de Uganda. Ryan tinha apenas 8 anos de idade.

Este foi apenas o início da história na vida de RYAN. A partir daí começa a crescer o amor deste simples, humilde e sensível menino, que começou a divulgar, pelo mundo inteiro, a necessidade de fazer outros poços do amor.

Ryan então leu sobre um menino chamado AKANA que tinha escapado das garras dos homens que cadastravam e levavam meninos para lutar e usar armas no exército e com isso impedindo as crianças de estudarem. Na África os meninos eram levados para lutar e usavam armas terríveis e não iam a escola. O poço de RYAN fez AKANA não ir lutar.  Este fato tocou profundamente em RYAN que pediu e insistiu aos seus pais que o levassem a Uganda onde foi construído o POÇO DO AMOR. RYAN queria conhecer o seu amiguinho. Com um grande esforço financeiro, os pais fizeram uma visita a Uganda e Ryan com apenas 8 anos, em 2000, chegou à aldeia onde havia perfurado o poço do amor.

Houve então uma grande surpresa para RYAN e seus pais. Centenas de crianças cantaram o nome de RYAN, sorriam e faziam círculos e dançavam ao redor do menino que emocionado perguntou ao guia que os acompanhava: - Você sabe meu nome?

O guia nativo, com os olhos cheios de lágrimas,  deu um abraço em Ryan e lhe disse: - Todas as pessoas, num raio de 100 quilômetros, sabem seu nome Ryan e amam a você.

Hoje RYAN tem 19 anos e criou uma organização social filantrópica. Sua fundação já construiu mais de 400 POÇOS DO AMOR na África. RYAN é responsável também pela escola e educação, ensino, de dezenas de milhares de crianças, filhas dos nativos que agora podem ter água para beber, fazer higiene e também para a lavoura através destes poços; e o mais importante, estas crianças não são mais recrutadas para lutar nas guerras e não usam mais armas.

RYAN tem buscado em Deus forças para conseguir doações em todo o mundo e está estudando para ser um engenheiro nesta área. Ele está estudando Engenharia hidráulica que é o ramo da engenharia civil que trata da exploração e do uso da água, dos projetos e das obras hidráulicas fluviais ou marítimas. RYAN descobriu que sua vida tinha sentido quando ajudou seu semelhante. RYAN tinha um sonho e está sendo abençoando por Deus, pois o ALTÍSSIMO abençoa aquele que atende o próximo.

 

5.    Maravilhoso, não?

6.    Esse tipo de gente é muito útil à sociedade.

7.    Entretanto, sem Jesus, nossa utilidade, por maior que seja, torna-se inútil.

8.    Por que?

9.    A razão é simples: sem Jesus tudo o que fazemos é temporal; Deus valoriza, mas por mais valoroso que seja não tem poder de nos levar para a Glória eterna.

10. Só Jesus pode fazer isso.

11. Quando celebramos a Ceia nos lembramos disto; nos lembramos que, se não fosse por Jesus estaríamos miseravelmente perdidos por maiores que fossem as nossas virtudes...

 

Conclusão

 

1.    Temos um Senhor;

2.    Somos iguais;

3.    Temos um compromisso;

4.    Sem Cristo nossa utilidade se torna inútil.

5.    São coisas de que nos lembramos ou devemos lembrar quando celebramos a ceia do Senhor

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Parque Imperatriz – Novembro de 2010

 

Os enunciados deste sermão têm como fonte um

sermão de Israel Belo: "A Ceia Como Oportunidade"

 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A FÉ VEM ACOMPANHADA

A FÉ VEM ACOMPANHADA

 

1.    Existe uma história que fala de um homem que, há anos atrás, empurrava um carrinho de mão equilibrado numa corda esticada sobre o rio Niágara, América do Norte. Milhares de pessoas o aclamavam, enquanto era colocado um saco de areia de 100 quilos sobre o carrinho, que o homem empurrava de um lado para o outro. Em certa ocasião, olhou para a multidão e perguntou: "Quem aí acredita que eu posso carregar um homem neste carrinho?" Todos acreditam! — bradou um espectador da frente da fila muito entusiasmado. E o homem, então, voltou-se para ele, dizendo: — Pois venha você! – E diante disso, o cidadão imediatamente retirou-se, pois não cria de fato. Ele pensava que cria, mas não queria de modo algum dar uma prova de sua crença.

2.    Igualmente acontece com relação a Cristo. Muitos dizem que crêem nele e que o seguem, mas não fazem "entram no carrinho de mão". Tais pessoas nunca assumiram um compromisso ou se submeteram realmente a Cristo.

3.    F. B. Meyer disse algo muito interessante sobre a fé: "Algumas pessoas estão sempre telegrafando para o céu para que Deus lhes mande bênçãos; mas elas nunca estão no porto para descarregá-las quando estas chegam".

4.    Outras frases interessantes:

a.    Fé inoperante é tão inútil quanto palavras vãs. (J. Blanchard)

b.    É só a fé que justifica, mas a fé que justifica não está só. (João Calvino)

c.    Quem não vive de acordo com o que professa crer, não crê. (Thomas Fuller)

d.    A fé salvadora tem uma qualidade que a distingue: é uma fé que produz obediência e motiva um estilo de vida. (Billy Graham)

e.    A fé verdadeira e viva, que o Espírito Santo coloca no coração, simplesmente não pode ser inoperante. (Martinho Lutero)

f.      Crer e obedecer sempre andam lado a lado. (C. H. Spurgeon)

g.    Fé e obediência fazem parte do mesmo pacote. Aquele que obedece a Deus, confia nEle; aquele que confia em Deus, obedece-lhe. (C. H. Spurgeon)

5.    Estamos em clima de campanha: 4º Dias de Fé. Nada mais natural, portanto, do que tratarmos desse assunto de forma exaustiva. É o que já estamos fazendo e continuaremos a fazer nos próximos dias.

6.    Hoje vamos pensar o fato de que a fé deve vir acompanhada.

7.    Penso eu que há duas coisas principais que devem acompanhar a fé:

a.    A compreensão sobre em quem cremos

b.    Obras – a fé precisa ser dinâmica

8.    Pensemos um pouquinho então sobre esses "acompanhamentos"

 

I. A Fé Precisa Vir Acompanhada de Compreensão Sobre em Quem Cremos.

 

1.    Vamos ler Mateus 2.1-18

2.    O Herodes do texto em questão, da época do nascimento de Jesus, era um sujeito mal à beça. Foi nomeado rei dos judeus pelos romanos, que tinham os judeus sob seu domínio. Por nascimento ele não era judeu, era edomita, mas era judeu por religião, ainda que essa fosse para ele apenas um veículo para a satisfação de seus próprios interesses. Ele reinou por volta dos anos 40 a.C. até pouco depois de Cristo nascer. Qualquer um que ameaçasse o seu reinado era logo eliminado. Ele ordenou a morte de seus próprios filhos (Augusto disse sobre a violência de Herodes contra seus filhos: Eu preferiria ser um porco de Herodes do que seu filho). Ele assassinou a sua "esposa favorita", que era descendente dos hasmoneanos – povo que era contra o seu governo. O louco chegou ao ponto de planejar um meio para que todos os seus nobres fossem mortos assim que ele morresse, para que houvesse muito choro e tristeza no dia de sua morte. Mas a mais notável violência desse homem foi a matança dos inocentes de Belém, de que fala o texto bíblico. Ele morreu com setenta anos de idade, em Jericó, de hidropsia, gangrena e uma enfermidade do estômago e intestinos – uma maneira aviltada de se morrer em sua época.

3.    Mas, pensemos um pouquinho à luz do texto que lemos...

4.    Parece que esse homem terrível tinha mais fé nas palavras da Bíblia do que os que se diziam religiosos e tementes a Deus.

5.    Veja novamente os versículos 1-6 e o 16.

6.    Os Sacerdotes e Escribas interpretaram corretamente a profecia de Miquéias 5.2 (vs. 5 e 6) no tocante ao Messias, mas nada fizeram e não reconheceram a Cristo, ao passo que Herodes pelo menos procurou destruí-lo, mostrando, assim, que cria nas profecias de que ele viria para ser rei.

7.    Porém, a despeito da crença de Herodes, ele não compreendia quem era Jesus, e que não poderia destruí-lo por mais que tentasse. Ele fez o que fez dominado pelo diabo e morreu como morreu.

8.    Às vezes parece que não compreendemos nada também sobre o Deus em quem cremos e a quem dizemos servir.

a.    Ele é o Senhor e dono, Criador de todas as coisas, mas relutamos em nos submeter a Ele, queremos reter sob nosso controle os nossos sonhos, bens, conquistas, "direitos".

b.    Ele é o Senhor Todo – Poderoso, Onisciente, Onipresente e Onipotente, que disse que seus filhos não precisam andar ansiosos de coisa alguma, que podem lançar sobre Ele todas as ansiedades, pois Ele se importa com as suas situações e circunstâncias. Mas quem disse que fazemos isso?

c.    Ele é o Deus que requer obediência. Mas não O obedecemos – pelo menos como deveríamos.

d.    Ele é o Deus que em Jesus trouxe muitas lições para assimilarmos e praticarmos. Mas às vezes parece que nos achamos no direito de escolher algumas dessas lições e outras não.

9.    Aplicação:

II. Obras – A Fé Precisa Ser Dinâmica

 

1.    Herodes creu, e agiu porque creu, ainda que sua atitude tenha sido de completa rebelião contra Deus.

2.    Sua fé, seu tipo de fé não o levou ao céu, mas ele agiu por causa da fé.

3.    E nós, que temos a fé correta, cremos de maneira certa, muitas vezes não agimos.

4.    Mas a fé cristã chama à ação.

5.    A fé cristã é uma maneira de viver e não um sistema trivial de especulação filosófica.

6.    A Bíblia inteira nos convida à ação.

a.    Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, nos despirmos da confiança em nossos méritos pessoais diante de Deus.

b.    Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, sermos mansos.

c.    Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, sermos misericordiosos.

d.    Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, sermos testemunhas, proclamadores do Evangelho.

e.    Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, buscarmos a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,

f.     Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, estender as mãos, se podemos, aos que carecem de nossa ajuda.

g.    Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, perdoar-nos mutuamente.

h.    Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, permanecer em Jesus.

i.      Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, andar em espírito para não satisfazer os desejos pecaminosos da carne.

j.      Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, deixar todo o embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e a correr com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, somente para Jesus.

k.    Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, nos apresentarmos diante de Deus como um sacrifício vivo, santo e agradável a Ele.

l.      Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, deixar que sejamos renovados em nosso interior, transformados.

m.   Somos conclamados pela Bíblia a, pela fé, renunciar a tudo o que for preciso por Cristo.

7.    Enfim, seria difícil esgotar a lista. A fé precisa ser dinâmica, ela precisa operar em nós um despojamento de nossos interesses puramente pessoais, permitindo-os somente até onde eles glorificam a Deus.

8.    Os Sacerdotes e Escribas não agiram. Eles conheciam as Escrituras, interpretaram-na corretamente, mas não agiram, não foram saudar e receber o Messias.

9.    Repetindo apenas algumas frases da nossa introdução:

a.    Fé inoperante é tão inútil quanto palavras vãs. (J. Blanchard)

b.    É só a fé que justifica, mas a fé que justifica não está só. (João Calvino)

c.    Quem não vive de acordo com o que professa crer, não crê. (Thomas Fuller)

d.    A fé salvadora tem uma qualidade que a distingue: é uma fé que produz obediência e motiva um estilo de vida. (Billy Graham)

10. A Fé que não é Dinâmica é Morta.

11. Jesus disse: "Pelos frutos os conhecereis"

12. A verdadeira fé produz frutos.

13. A fé que não produz frutos é morta em si mesma. Tiago diz isso em 2.17, e depois, em 2.26, ele compara as obras com o espírito da fé, e, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também é a fé sem as obras.

14. Paulo, escrevendo aos Efésios, nos ensina que a salvação é pela fé e não pelas obras, mas que as obras foram preparadas por Deus para que os da fé andassem nelas.

15. Repetindo a frase de Calvino: "É só a fé que justifica, mas a fé que justifica não está só"

16. Aplicação: Você crê, de fato, em Deus?

 

Conclusão

 

1.    Compreensão e dinamismo

2.    São coisas que acompanham a fé

3.    Vamos procurar, portanto, compreender quem é aquele em quem nós cremos, o Seu poder, o que Ele espera de nós...

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Não Vos Inquieteis

  NÃO VOS INQUIETEIS   Ø   Leia Mateus 6.25-34 Ø   “Não andeis cuidadosos” – inquietos, aflitos, preocupados Ø   Daí o sujeito que e...